O
presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, Nairo Callegaro, iniciou nesta
semana os procedimentos para a realização de mudanças substanciais na avaliação
artística de eventos realizados pela entidade e coordenadorias regionais. A
iniciativa é embasada nas ponderações apresentadas e aprovadas durante o 65º
Congresso Tradicionalista, realizado em janeiro em Bento Gonçalves, quando
ficou evidenciada a necessidade urgente de promover o voluntariado e
‘desmercantilizar’ o tradicionalismo.
O
primeiro passo, segundo Callegaro, conta com o auxílio dos coordenadores
regionais, aos quais foi solicitado, até o dia 18 de fevereiro, que indiquem
quatro nomes ou mais, como suplentes, para a criação de equipes avaliadoras no
âmbito das próprias coordenadorias. Segundo o vice-presidente artístico do MTG,
José Roberto Fishborn, é necessário que os indicados conheçam dança e
apresentem currículo. Além disso, os indicados não poderão estar instruindo
grupos de dança, passarão por prova para atestar sua capacitação técnica; e
passarão por processo preparatório para avaliar eventos de danças tradicionais
nas regiões, como circuitos e rodeios. Os indicados, conforme aprovado no
Congresso, atuarão como voluntários, recebendo apenas ajuda de custos,
hospedagem e alimentação, sem cachê.
Segundo o
presidente do MTG, a equipe da entidade atuará na avaliação de eventos até
março de 2017, nos moldes do ano de 2016, seguindo a NI01/2016 e, após, o
treinamento das pessoas indicadas pelas coordenadorias, a equipe do MTG não
mais avaliará eventos artísticos. Segundo Fishborn, este processo deverá durar
aproximadamente seis meses e durante o período de preparação, juntos será
debatido o formato de funcionamento das escalas para eventos. A equipe do MTG
atuará somente nas avaliações dos eventos do próprio MTG e podendo atuar em
algum festival que a instituição julgar necessário.