Histórias de Guerra de Negro Facundo Sombra
Em São Gabriel, Terra dos Marechais, também se faz cinema. Prova disso é o audacioso projeto encabeçado pelo multifacetado Humberto Petrarca. Após as filmagens de um curta-metragem de terror, em parceria com a Escola Estadual de Ensino Médio João Pedro Nunes, onde dá aulas de literatura, o professor, roteirista e diretor comanda um novo projeto cinematográfico: Histórias de Guerra de Negro Facundo Sombra.
A trama narra as aventuras de um herói farroupilha que, anos após o final da revolução, recebe um convite de seu ex-comandante para lutar na Guerra do Paraguai. Ao retornar para casa, pela segunda vez, o gaúcho vê seu caminho ser cruzado por novos inimigos, possíveis amores e, claro, colecionando novos e surpreendentes causos para serem contados.
Petrarca, que fez pós-graduação em cinema pela Universidade Estácio de Sá, e um curso de extensão, na New York Film Academy, nos Estados Unidos, conta que a produção será dividida em quatro episódios, com 20 minutos cada. As filmagens do primeiro capítulo da série, O Fantasma do General, iniciaram na segunda-feira e seguem até amanhã, no interior do município.
— Nosso projeto é contar a história do personagem seguindo uma sequência lógica e temporal. No final do projeto, ainda teremos a possibilidade de reeditar os episódios, e transformá-los em um longa-metragem, o que seria sensacional — comenta Petrarca.
Ao todo, 15 pessoas trabalham na produção. No elenco, os experientes Igor Silveira e José Newton Canabarro, que já participaram de trabalhos importantes produzidos pela RBS TV, e da minissérie Animal, do canal pago GNT. Para compor o figurino de época, a equipe contou com o apoio de museus locais e do próprio Exército, que cederam armas e fardas da época, possibilitando um retrato fiel do período em que a trama se desenrola.
Se ainda não há definição sobre data de lançamento, o certo é que o diretor pretende levar o filme aos mais diversos festivais de cinema. No mais, o pessoal seguirá trabalhando para, segundo Petrarca, quebrar certos paradigmas, com o de que é preciso sair do interior para desenvolver certo tipo de atividade.
— Como disse Humberto Gessinger: "estamos longe demais das capitais". Mas isso não nos impede de realizar nossos sonhos — conclui.
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